Estamos chegando no último quadrimestre do ano, e muitas empresas começam a se preocupar com a sazonalidade de dezembro e período de férias. Algumas indústrias passam por diminuição de vendas e precisam reduzir suas compras junto aos fornecedores e/ou até parar a produção. Outras indústrias têm picos de vendas e esses meses são os mais importantes do ano.
Em ambos os casos a indústria precisa antecipar decisões para que não passe o período com faltas e urgências, criando um caos na produção e queda de qualidade no nível de serviço, ou que entre o novo ano com excesso de materiais, insumos ou acabados, comprometendo o fluxo de caixa. Qualquer um desses cenários gera uma diminuição de ROI ou em algumas vezes prejuízos e até perda de clientes.
A maneira mais popular de se prevenir dessa situação, é utilizar as previsões de vendas entregues pelo Comercial, ou pela equipe de S&OP e fazer as compras de insumo (ou deixar de fazê-las) e estocar produtos acabados para não sobrecarregar a produção em dezembro.
Este método pode gerar alguns inconvenientes. Ao determinar o volume de compras e/ou produção diretamente pela previsão de vendas, corre-se o risco de uma mudança no padrão de vendas e com isso termos produtos acabados que não estão sendo vendidos, faltas de produtos que estão sendo desejados pelos clientes e um desbalanço entre a necessidade de produção e o que tem no estoque para ser produzido. Imediatamente começa o stress entre as áreas e o aumento de custos de pessoal (horas extras) e logísticos (fretes urgentes) para resolver os problemas.
Este caos vem das máximas de que a previsão de venda começa errada, fica mais errada quanto mais longe e piora quanto mais específica. Como podemos atacar este problema de uma nova maneira? A melhor maneira que encontrei nestes anos trabalhando na indústria foi utilizar a previsão de vendas não para gerar reposições operacionais e sim para ajudar a definir os níveis de estoque que deveríamos ter, e deixar a demanda real determinar as reposições de compras e produção.
Estes ajustes de demanda planejada (PAF) podem ser feitos dentro do WA demand driven da seguinte forma: Aplicamos individualmente o percentual de crescimento ou queda de consumo em cada um dos meses diretamente no cálculo do Buffer (nosso ponto de estoque), e fazemos isso aplicando esta variação de ADU (média diária) um Lead Time antes da data esperada para a mudança, e por um período determinado que é o tamanho em dias da sazonalidade.
Este processo nos protege das variações de vendas que diferem da previsão de vendas sem nos deixar desprotegidos em relação a sazonalidade. Veja na imagem como o gráfico de tamanho de Buffer e o estoque se comportam com PAF aplicado.
Gostou da solução, venha conversar comigo e ver se posso te ajudar.
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