Master Production Schedule (MPS) representa o que uma empresa planeja produzir expresso em configurações, quantidades e datas.
As saídas de um MPS estão baseadas em três suposições críticas. Vamos examiná-las com o que conhecemos de planejamento tradicional.
Suposição 1: Sinais de demanda são conhecidos e precisos.
Suposição 2: Lead times para liberação, recebimento e sincronização das ordens de reposição são realistas.
Suposição 3: Capacidade e materiais estarão disponíveis nas datas especificadas.
AVALIANDO AS SUPOSIÇÕES
A validade relativa entre as três suposições nos indicará a qualidade do sinais de saída de um MPS. Vamos validar se no mundo atual estas suposições são realistas e podem nos dar os resultados esperados, ao mesmo tempo vamos ver como DDMRP se comporta com estas mesmas suposições.
Suposição 1: Usando forecasting como gerador das ordens de reposição faz com que tenhamos sempre divergência entre o que estamos produzindo e a demanda real, e o quão mais largo o horizonte de planejamento, maior a divergência entre previsão e realidade.
DDRMP trabalha com demanda real qualificada, garantindo maior precisão no sinal emitido.
Suposição 2: Sem desacoplamento, atrasos se acumulam afetando quando as ordens podem ser liberadas completamente. Estoques de segurança raramente são usados em itens intermediários, fazendo com que toda a variabilidade seja transmitida através do sistema. Com net zero em cada posição e um sistema acoplado, temos complexidade e fragilidade do sistema. Ainda podemos citar que não há visibilidade de execução, então o problema só é visto quando acontece.
DDMRP usa pontos de desacople para criar horizontes mais curtos, independentes e gerenciáveis. Isto indica que teremos menos variabilidade transitando no sistema. Com isto temos uma melhor sincronização de datas, que são mais realistas e menos importantes, pois as posições tem buffers para protegê-las. Utilizando Lead Time Desacoplado garante que os buffer são calculados corretamente para aquela posição garantindo proteção contra as variabilidades.
Suposição 3: Se a sincronização está falha, mais frequentemente que não, materiais e capacidade não estarão disponíveis quando são necessários. Materiais chegam atrasados e a capacidade se encontra ocupados com desvios de programação.
DDMRP planeja para as posições estratégicas nunca estarem em zero e sempre estarem disponíveis. Alertas de execução e planejam informam cada vez que uma dessas posições etá próximo de zero, seja por Fluxo Líquido ou Estoque On-hand. Buffers DDMRP representam pontos de armazenagem de capacidade e materiais e se estes pontos estão disponíveis, capacidade e materiais estarão disponíveis na maior parte das vezes. Além disso, o componente de execução do DDMRP permite uma visibilidade muito melhor do que está acontecendo na cadeia de suprimentos.
O QUE PODEMOS ENTENDER
Como podemos ver, com DDMRP temos uma chance muito maior que as suposições sejam verdadeiras, pois desacoplamos o sistema, trabalhamos com buffer que protegem bidirecionalmente a posição e usamos a demanda qualificada real como elemento para dirigir as reposições. E sendo as suposições verdadeiras mais frequentemente, isto faz com que nossas programações estejam corretas na maioria das vezes,fazendo com que faltas e excessos sejam minimizados.
Fonte: Demand Driven Material Requirements Planning – Ptak and Smith
Hugues Boritiyça Silva – Especialista DDMRP